Como saber se estou obeso? Por Abdon Murad Júnior
A Organização Mundial de Saúde aponta aobesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.
A Organização Mundial de Saúde aponta aobesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.
A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.
Segundo Abdon Murad Júnior, uma das formas de medir se a pessoa está ou não acima do peso é o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado.
Mesmo que não seja uma medida exata, indica se a pessoa está com sobrepeso ou obesa. A perda de pelo menos 10% do peso para manter a saúde e evitar doenças como diabetes, fazem diferença.
Mas afinal, como saber se está acima do peso?
"A obesidade é indicada quando a pessoa tem o IMC igual ou maior a 30. IMC acima de 40 indica obesidade mórbida. Se o resultado indicar sobrepeso, entre 25 a 29, procure a ajuda de um médico." Explica o Dr. Abdon Murad Júnior.
Por exemplo, uma pessoa com 1,70 m e 70 kg fará o seguinte cálculo:
Altura multiplicada por ela mesma: 1,70 x 1,70 = 2,89
Peso dividido pelo quadrado da altura: 70 / 2,89 = 24,22
Logo, essa pessoa tem IMC de 24.
Mas pode haver uma variação com a idade e com a maturidade sexual, principalmente no que diz respeito aos adolescentes.
Mas no entanto, o IMC tem sido considerado um bom indicador de obesidade em adolescentes, apresentando importante correlação com medidas de dobras cutâneas e com a densitometria.
Para minimizar os erros nos resultados, costuma-se usar no caso de crianças e adolescentes, o IMC percentil, por exemplo.
O qual indica a posição relativa do IMC da criança ou adolescente em relação a outras crianças e adolescentes do mesmo sexo e idade.
Veja aqui a tabela os valores do IMC:
IMC (Classificação)
abaixo de 18,5
Subnutrido ou abaixo do peso
entre 18,6 e 24,9
Peso ideal
entre 25,0 e 29,9
Levemente acima do peso
entre 30,0 e 34,9
Primeiro grau de obesidade
entre 35,0 e 39,9
Segundo grau de obesidade
acima de 40
Obesidade mórbida
O sobrepeso e a obesidade nem sempre estão relacionados ao excesso de alimentação. "Há fatores genéticos, ambientais, comportamentais, culturais e emocionais que contribuem para o distúrbio alimentar", afirma Abdon Murad Jr.
Sendo mais do que uma questão estética, manter o peso ideal é importante para uma vida saudável.
Mas sabia que muitos fatores podem desencadear esse desequilíbrio?
Veja agora os principais:
1. Os hábitos alimentares: nota-se um consumo cada vez mais frequente de alimentos industrializados, geralmente com alto teor calórico às custas de gordura saturada e colesterol.
Além disso, o hábito de omitir refeições e o consumo de refeições rápidas fazem parte do estilo de vida de muitos adolescentes;
2. O sedentarismo: esse sedentarismo se deve principalmente aos avanços tecnológicos, como se verifica entre as crianças e os adolescentes que permanecem muitas horas assistindo televisão, jogando videogame ou na frente do computador;
3. Fatores genéticos: muitos pais, familiares, médicos e outras autoridades que lidam com as crianças, como os professores, costumam negligenciar a necessidade de um tratamento contra a obesidade, pois acham que isso se resolverá quando a criança se tornar adolescente.
Porém, a chance da criança e do adolescente obesos permanecerem obesos na idade adulta é muito alta, pois a relação entre o sobrepeso dos pais e de filhos é grande e resulta do compartilhamento da hereditariedade e do meio ambiente;
4. Problemas emocionais: problemas emocionais, como depressão, podem levar a pessoa a se alimentar em excesso;
5. Maturação sexual: principalmente no caso das meninas, a maturação sexual precoce relaciona-se com o aumento de estatura e peso, desenvolvimento muscular e aumento dos depósitos de gordura.
Se você encontra-se nas faixas de sobrepeso, obesidade ou obesidade mórbida, oriente-se sobre as medidas que você deve tomar para ficar com um peso normal e saudável.
O importante é diagnosticar as causas da obesidade, que é uma doença crônica, e atacá-las, encarando o problema e fazendo o tratamento correto.
Para ter um ganho de peso saudável, não se deve comer somente muitos alimentos calóricos e sim priorizar alguns alimentos com boa quantidade calórica, mas ricos em nutrientes benéficos e com pouca quantidade de gordura saturada (de origem animal) e gordura trans (de industrializados).
Confira algumas estratégias feitas por Abdon Júnior!
"Alimentos ricos em proteína são grandes aliados, então, dê preferência às carnes magras (alcatra, filé mignon, maminha, fraldinha) , frango e principalmente peixes e ovos, além de leite e queijos brancos como ricota e minas." Diz.
Aposte também nas gorduras boas: amendoim, nozes, amêndoa, avelã, castanhas, azeite de oliva, linhaça e abacate
Aumente o consumo de pães, bolos, massas, mandioca, batata, milho e cereais (arroz, farinha de trigo, fubá, aveia), lembrando sempre de optar pelas versões integrais
Evite alimentos nas versões diet e light, baixo teor de gorduras, calorias reduzidas
Quem está com peso normal?
Estar dentro da faixa de peso normal é significa ter um peso considerado adequado para sua altura, idade e sexo, de acordo com as faixas do IMC - momento de fazer a manutenção do peso Para manter o peso é importante manter uma dieta balanceada (não basta alimentos corretos, mas também quantidades corretas) para seu organismo.
Devem ser avaliados peso, idade, composição corporal, presença de doenças e/ou comorbidades. Pontos importantes para manter o peso:
Não existe alimento 100% bom ou 100% ruim. Varie ao máximo o seu cardápio e não elimine completamente nenhum tipo de alimento. O equilíbrio entre a quantidade e a freqüência com a qual você consome refeições mais calóricas é a garantia do seu sucesso
Siga essas dicas primordiais:
1. Estabeleça uma rotina alimentar!
2. Analise os rótulos dos alimentos. Muitas vezes, os alimentos light contêm uma pequena diferença na quantidade calórica, que nem compensa a troca
3. Praticar atividades físicas de forma regular.
4. Descanse e durma o suficiente
Mas para ter uma alimentação saudável é importante que ela seja muito variada e conte com todos os grupos alimentares.
Produtos alimentares ultra processados, como embutidos, bolachas recheadas, entre outros, não entram na conta viu!
Outra dica é de aumentar a ingestão de líquidos no dia (mínimo de 2L de água).
Quem está com sobrepeso?
O sobrepeso é uma condição em que a pessoa pesa mais do que é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo. O sedentarismo e os maus hábitos alimentares levam ao aumento dessa parcela de indivíduos com sobrepeso a cada ano.
Essa faixa, se analisada junto com outras medidas e índices, pode demonstrar um risco maior de doenças como diabetes tipo 2, dislipidemia (com colesterol HDL baixo e triglicérides altos), ácido úrico aumentado, hipertensão, entre outras.
O tratamento para o sobrepeso depende de sua causa. Contudo, manter hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas são bons aliados contra o excesso de peso.
Em casos mais graves, a cirurgia bariátrica pode ser uma alternativa. Dependendo da causa do excesso de peso, pode ser necessária a consulta com o psicólogo ou psiquiatra.
Os remédios para emagrecer, quando bem indicados e sempre com acompanhamento médico, podem ser úteis dependendo do caso.
E a obesidade graus 1, 2 e 3?
Somente o cálculo do IMC não é suficiente para diagnosticar obesidade, por isso o indicado é ir ao médico.
Além do IMC, são necessárias as seguintes medidas antropométricas: peso, estatura, espessura da dobra cutânea (bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaca).
Só então, que, posteriormente, é encontrado o percentual de gordura, que se for maior do que 25% a 30%, já é considerado um nível de obesidade. O índice de massa corporal tem que estar maior que 30kg/m².
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